terça-feira, 26 de maio de 2009

acordei um pesadelo

hoje tive um pesadelo, o que é coisa rara... considerar o sonho um pesadelo é uma coisa rara pra mim, na maioriiiiia da vezes me divirto com o que sonho, independente do que for, sempre acho uma coisa legal e engraçada pra rir... geralmente estou nalguma fase de jogo, sendo perseguida, passeando por planetas nada convencionais, encontrando a dona morte (sim, com capuz e tudo), reencontrando gente das antigas ou gente que nunca conheci, gente famosa, aprontando em festas super esquisitas, entre outros... mas seja qual for a situação, sempre estou me divertindo...

nem me lembro a última vez que considerei um sonho um pesadelo...

hoje tive dois sonhos... o primeiro (até 4:30) não foi divertido, ou melhor, a sensação que me acordou não foi divertida...
foi bastante monótono, em tons de cinza, personagens principais: eu, minha irmã e minha mãe... resumindo bastante: eu e minha irmã iriamos fugir de casa quando meus pais fossem sair de férias (pela primeira vez em anos) para o Havaí... íam passar quatro dias, eu e mana fugiríamos no primeiro dia de viagem, já tinhamos arrumado a mala e tudo o mais... não podíamos nos despedir pra não dar bandeira, então no caminho do aeroporto fomos nos despedindo mentalmente, meu pai já estava lá...

acordei...

fiquei enjoada... um turbilhão de idéias veio à minha mente...

sabe, acho que não conheço nenhum idoso/idosa que não tenha família... o que acontece com essas pessoas?
primeiro eu pensava que as pessoas tinham filhos pra nutrir seus complexos de deus sabe... "ah se fosse meu filho seria assim assim e assado"... daí então pensei que talvez pudesse ser simplesmente parte do processo natural das coisas: nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre... ou por medo da própria morte... daí acordei hoje desse sonho... com a boca esquisita, enjoada...
as pessoas criam família por medo da velhice... já tinha ouvido falar que essa é a chave da imortalidade: passar seu gene pra frente... mas não é exatamente só isso... tem a ver com o medo desse futuro frágil que nos aguarda... quando estivermos velhinhos e cansados, doentes e até machucados, quem sabe, quem vai cuidar de nós?
nós, da geração pós-multi-mistura, que aumentou horrores os níveis de sobrevivência das crianças e criou um inchaço na piâmide etária brasileira, justamente na qual cresci, somos parte desse excesso... nós nos formamos e conseguimos diplomas, praticamente obrigatórios, pra depois ser subempregados, justamente por causa desse inchaço descontrolado... hoje, os que tem entre 20 e 30 anos, farão parte de uma população idosa enorme! aposentadoria adiós, como já sabemos, e quem vai ter paciência pra cuidar da gente? quem tem saco ou grana? daí que mais uma vez percebi como é mancada matar alguém e como pode ser frágil um plano, vc vai lá e tem um filhote, pensando "po, belezera, agora tem alguém pra me amar até o fim da minha vida" e daí seu filhote pega e se revolta e nunca mais da as caras? ou então chega um idiota e pá, acaba com a vida do seu filho?

daí fiquei nessa linha idiota de pensamento, extremamente icomodada rolando na cama (juntando isso à minha dor fodida de LER no braço direito, aumentando meu medo d ser uma velhinha com dores, dependente de alguma alma caridosa)... troquei de travesseiro, deitei e olhei pro relógio: 4:59, hora de ter um sonho bom...

segundo sonho... uma casa de campo super afastada, uma família buscando um dos filhos: desaparecido.
Apareço pra ajudar a procurar, o encontro no primeiro lugar que imaginei, no único lugar que não procuraram: no seu próprio quarto... debaixo da cama tinha uma cama menor, debaixo dessa cama menor estava o garoto, totalmente possuído escrevendo coisas malucas num papel... se eu ver o papel novamente saberei exatamente o que era... 84, o desenho sempre se resumia no número 84...
Fui pra fora e olhei o céu, o sol se punha, mas o céu estava esbranquiçado, olhei pra dentro e o menino (uns 17 anos) ainda rabiscava loucamente o papel, percebi que eram coordenadas, alguém estava chegando... olhei pro céu novamente, nuvens em forma de triangulos iam aparecendo por trás das árvores, iam escurecendo uma sobre a outra, como se estivessem guiando uma luz difusa e crescente que eu conseguia ver atrás da mata.
Entrei e disse: eles estão chegando, nada de pensamentos ruins hen? eles podem ler sua mente, então pensem apenas coisas boas, são apenas visitantes.
A avó disse que sentia medo, eu disse: medo não é ruim, porém desrespeito é. nada de pensamentos violentos ou maléficos, apenas pensamentos bons ou neutros.
o "disco" pousou no quintal. todos saíram pra ver... do disco desceu uma outra família, 4 meninos (todos muito bonitos, cabelos pretos curtos, sobrancelhas grossas e maxilares bem quadradões), 6 meninas (todas lembravam mto a amy smart, mas com o cabelo castanho claro liso e reto no ombro), um pai e uma mãe, desceu uma mesona de madeira, a mãe colocou as coisas na mesa e eles começaram a jantar, olharam pra gente (todos abobalhados), sorriram e continuaram a jantar...
Passados alguns dias tudo corria bem, a família se comunicava e nós obedeciamos os pedidos... sentíamos o enorme poder dos visitantes embora não tivessem feito nenhuma demonstração explícita, mas era claro que estavamos sob sua guarda...

entrei numa espiral e vi uma roda de pregos enorme flutuando, em cima das cabeças dos pregos, em duplas, as pessoas da família terrestre, incluindo eu, faziam malabarismos, tentavam se equilibrar e não cair no fundo azul infinito, percebi que ía acordar... dois minutos depois ouvi o pedreiro aqui da construção do lado bater no prego... kkk

acordei tranquila, a vida é só um teste, assim como os n-tests que a coréia anda aprontando, a qualquer momento desce uma nave de neguinhos de outros planetas no quintal, e a grande preocupação com a velhice se desfaz como bala de coco na boca ^^

po, nem re-li, desculpem os erros, ando desacostumada com teclados...





ps: entaooo, fiz uma pesquisa de campo com pessoas experientes na área, aka: mães.
primeiramente ouvi q ser mãe é uma coisa natural, é uma coisa necessária pra perpetuar os mamímeros humanos... daí falei q po, seis bilhões e bolinha, se for pensar assim acho q já deu né? fora que é tudo ser humano, vc pode adotar, cuidar e talz... e então veio a resposta realmente do coração, rolaram até lagriminhas viu, que a maternidade é uma coisa única e linda e coisa e tal, não tenho nem o que rebater quanto à isso pq realmente é nessa visão romântica que se apoiam as mães que planejam seus filhotes... daí coloquei essas outras teorias, medo da morte, medo da velhice e coisa e tal, mas daí ouvi que ninguém pensa nisso quando planeja seu bebê... e realmente é um pensamento bem ordináriozinho né? :P prefiro a idéia das mamães fofas e romântiques viu ^^
ainda ouvi q uma velhice sem familiares deve ser triste, independente de mtos amigos e dinheiro, os laços familiares proporcionam coisas q essas outras relações não dão... pessoas q envelhecem sozinhas vivem menos... acho q nao é nem "menos" mas com "menos qualidade"... sempre pensei que seria uma velhinha sem família, deu medinho, mas tenho irmã, primo e amigos em quem acredito, e existe muito chão pra percorrer ainda... vai que aparece uma paixão ou um ovni ^^
 
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