sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Distração

É incrível a quantidade de merda que eu vejo enquanto estou trabalhando.
Mas não resisti a esses testes estúpidos.

Compartilho.

Tenho milhões de coisas pra contar (o que não significa novidades), mas vai ficar pra próxima.

Enquanto isso:

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E o último, o melhor (dica: esteja só!): http://www.geocities.com/bourbonstreet/bayou/8433/testedepureza
(sou 44% pura. Isso é bem pouco.)

Fui!

sábado, 24 de novembro de 2007

às vezes bate um desespero...

assistir quatro casamentos e um funeral me dá a sensação de que quando perder uma pessoa amada meu impulso será chorar infinitamente... e o que mais me assusta é que amo bastante gente... bastante...

domingo, 18 de novembro de 2007

Click

-CONTÉM SPAM DO FILME-

ontem à noite teve mais uma festa da economiadaz ou algo do tipo, os jogos de adm, econ, comex, etc. de bavárias faculs... a cidade inteira e a maioria dos 15 mil turistas foram... fiquei em casa sozinha... minha irmã ficou "com dózinha de me deixar sozinha"... eu disse: "se vc soubesse o quanto gosto de ficar sozinha mana"... beijo e tchau...
fiz um milhão de coisas... inclusive sentar pra assistir a estréia de click na hbo... adam sandler (maravilhoso) que me desculpe, mas que bela porcaria...

filme óbvio com enredo óbvio...
"um cara legau merece um descanço"??? CARA LEGAU? em que momento o desprezível NEWMAN (fazendo olhar e sorrizo maníaco de jerry seinfeld) parece ao menos de longe, ser um cara legau?
um personagem completamente odiável: um workaholic estúpido, egoísta, ignorante, violento, sem o menor respeito por nada, ou a mínima vontade de mudar e ser uma PESSOA melhor... e olha que já vi muitas "vítimas do sistema" simpáticas mundo à fora... mas simplesmente não dá pra criar simpatia por um tipo desses... e sem simpatia fica difícil dar atenção...

não eh a toa q tenha se dado ultra mal em sua "visão de vida paralela"... situação que percebi no exato momento q ele deitou na cama pela primeira vez e olhou pra entrada do "beyond"... na hora pensei: "q idiota, ele durmiu e vai sonhar tudo aquilo que tem escrito na sinopse do filme"... não deu outra...

aí chega meu adorado christopher walken e diz que é o "morty", oooooh um graaaaaande mistério já que provavelmente o publico dos enlatados unidos não faz idéia que deriva do latim: morte, o mesmo da nossa morte morrida mesmo... então deve demorar pra entender q ele é o próprio... "anjo? que anjo? oh céus qual anjo será o anjo morty?"

mas pra falar a verdade, o que mais me irritou nessa produção toda foram as piadinhas fora de hora... o cara era um tapado que estava jogando sua vida no lixo, certas coisas não têm graça num contexto desses... desculpa, mas a maioria não colou... e olha que já chorei, literalmente, de rir com o adam sandler... mas esse simplesmente não colou...

algumas partes boas, como o cara sem amigos da loja de depto... e a participação indispensável do genial rob schneider... mas a grande maioria das piadas, ao contrário do rob, simplesmente não faziam a menor diferença na situação... sou daquelas que acredita que: se não tem nada pra acrescentar, não perca a oportunidade de ficar calado...

cada vez que ele usava o controle dava vontade de usar também, e mudar de canal... em compensação mostraram exatamente a realidade: egoísmo acima de tudo... um produto para pessoas absurdamente egoístas, é exatamente o que o controle representa...

e que "poder" do controle remoto era aquele afinal de contas? ir e voltar? pausar? dublagem, legenda, cores e formato? faça-me o favor... prefiro não tem memória do que ativar um "automatic"...
entre ser um clicker ou ser almighty, sou mil vezes a segunda opção... e viva o rei da comédia...

com o tal "controle do seu universo" não existe a menor interação, não é algo que possa mudar sua vida, é algo para simplesmente assistir sentado... no tal "automatic"... um produto pra quem obviamente não quer viver... e digo mais, se vc está assistindo o filme, gostou e se identificou, e, assim como ele, não quer viver, posso listar no mínimo uns 10 filmes muito melhores, de temas variados pra você assistir e mudar de opinião...
the rage in placid lake, baraka, cidade dos anjos, monstros s.a., antes do amanhecer, sociedade dos poetas mortos, o guia do mochileiro (:D), interstate 60, muito barulho por nada, valentin, naquela noite, f.d.d. amelie poulain, a dona da história... nossa... da até um arrepio de parar por aqui quando na minha cabeça rodam tantos outros filmes que dão vontade de viver...

e como tudo tem, no mínimo, um lado bom, de click tirei um proveito: clickei no desligar e agarrei meus dogs que estavam dormindo lá no quintal (também amo dogs e admito q a cena do sundance é emocionante)... agarrei e não larguei por um bom tempo... independente da história ser levada de um jeito bem detestável, dá pra entender a mensagem: aproveitar a vida... ou como considera o grande Zaphod Beeblebrox: "o objetivo principal de sua vida" é "divertir-se enormemente"! asim diz o mestre...

depois fui pro banho chorar as decisões idiotas que já tomei, embora isso seja tão eficaz quanto "try to solve a math problem by chewing gum" sei la como screve... depois cantei "lua bonita" com o raulzito pq a lua tava realmente bonita, e até o raulzito deu o ar da graça nas nuvens... desenhei... deitei... vi simples como amar e chorei mais um pouco... "eu sei amar!"... lindo...

ta vai, até vale a pena ver click, mas não se enganar e dizer "oh, pobre newman, que final trágico levou", pois o imbecil mereceu... vale no máximo torcer para que ele tenha se tornado realmente un hombre nuevo...
no fim das contas me pegou direitinho: um filme antídoto... e assim admito q funcionou bem...



prefiro o www.clickarvore.com.br kkkk
e olha só a paineira lindona q ajudei a plantar há quase um ano, no dia 23.11.06 na Fazenda Santa Elza em Morro Agudo - SP!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Salsicha: um drama

Sexta-feira, 19 de outubro. Estou eu me dirigindo para uma entrevista de emprego que, pela primeira vez, apontava alguma perspectiva. Dia frio e chuvoso, bode e sono. Rua Joaquim Eugênio de Lima, após cruzar a Alameda Campinas, me deparo com um pequeno Pet Show. 5 gaiolas revelavam alguns animais. Na maior delas, uns passarinhos. Numa média no chão, um filhotinho de labrador branquinho. Na lateral, empilhadas, 3 pequenas gaiolas. Na de baixo vejo um yorkshire. Na do meio, um lhasa apso. Na de cima, um basset. Tudo filhotinho. Não resisti. Saí da minha rota por alguns instantes e fui namorar a vitrine de bebês-bichinhos. O york tava na dele. O labrador latia. O lhasa estava agitado, não parava quieto. O salsicha dava patadinhas contra o vidro que nos separava.

Terça-feira, 23 de outubro. Primeiro dia de emprego. Deu certo, como eu supunha. Estou descendo a Eugênio de Lima em direção ao meu endereço comercial quando percebo a loja de animais sendo aberta. Lembrei dos cachorrinhos. O yorkshire não estava mais lá. Vendido para alguma dondoca. York é cachorro de dondoca, vide Giselle Bündchen e Vida, her yorkshire.

Sexta-feira, 26 de outubro. Estou saindo do trabalho esgotada. Passo pelo Pet Show que está fechando. Mais uma gaiola vazia, o labradorzinho se foi. Agora restam o lhasa e o basset.

Os dias passam, esqueço completamente o assunto. São 8h diárias de trabalho, quase 2 horas dentro do ônibus (ida e volta), mais umas 4 na PUC. Meu cérebro só me diz: CAMA.

Segunda-feira, 5 de novembro. Chego meio atrasada ao ponto de ônibus na Paulista. Desco a Eugênio e Lima e passo olhando tudo. Pessoas, roupas, calçada, revistas da banquinha, restaurantes e bato o olho na vitrine do pet shop. Apenas o salsicha permanecia lá. Cheguei perto do vidro. A carinha mais inocente e fofa do reino animal me encarou. Quase chorei. Animal mexe comigo de uma forma que nenhum ser humano consegue. Mas estava atrasada. Fui-me.

Passam os dias. Sempre com pressa, passo voando pela vitrine da loja. Lá está o basset.

Quarta-feira, 7 de novembro. Saio cedo do trampo e paro alguns instantes para olhar o basset. Ganhou um novo "amigo". Um pug está na gaiola do meio. Mas é o basset que me toca. Não paro de pensar nele. No caminho pra PUC penso: "O que será que acontece com os filhotes que não são vendidos?" Porque são muuuuitos filhotes que nascem. É impossível haver mercado para todos.
Fico com aquela dúvida me remoendo. Será que eles sacrificam?
Na hora o salsichinha me veio na cabeça e um nó na garganta se formou em mim.
Mas a Stella, minha amiga da PUC, me acalmou: "Os que não são vendidos voltam para o criador. A Associação Protetora dos Animais é super cuidadosa e rigorosa com essas coisas! O animal que não foi vendido vai virar reprodutor. Pode ficar tranquila: eles não sacrificam, não. E se você ouvir falar o contrário, denuncie!"
Claro que isso me deu um up. Mas o salsicha continuava lá (e nos meus pensamentos). Eu chegava em casa e via a Maggie na maior mordomia. Mimada, bem tratada, dormindo na cama, uma beleza. E o salsicha, coitado, numa gaiolinha esperando o dono. De cortar o coração, hein?
Prometi que uma hora entraria no pet shop e perguntaria o que eles faziam com os cachorros que não eram vendidos.

Mas ontem não deu. Nem hoje. Mas de segunda não passa.

Nunca fui muito fã de basset. Cães de pêlo curto não são meus favoritos - embora cachorro seja o meu "ser vivo" predileto. Mas esse bassetzinho neném a espera de um dono tá mexendo comigo. Não vou sossegar enquanto não souber o destino dele. Tomara que seja comprado por uma família amorosa , que adore animais e que nunca o abandone.

--*--

Para complementar esse post, uma crônica linda que li na "Veja" há um tempão. Coisa mais linda. Dá o maior nó na garganta.
É do Walcyr Carrasco, autor de várias novelas da Globo e um ótimo escritor.

Meu cachorro
Por Walcyr Carrasco


Meu cachorro está doente. É um husky e tem 14 anos. Dizem os conhecedores da raça que 12 anos é o tempo normal de vida. Mas sempre tive esperança de que fosse muito além. A mãe viveu até os 17. Seu nome é Uno.

Um terror, o meu cachorro! Duas vezes, bravamente, capturou ouriços. Dezenas de espinhos penetraram seu pêlo. Entraram em sua boca. Eu nunca vira um espinho de ouriço. É duro, pontudo! Impressionante. Fiquei a seu lado enquanto o veterinário arrancava um por um.

Mudei para a cidade. Meu cachorro envelheceu e passa longas horas deitado a meu lado vendo televisão. Deve achar um absurdo tantos tiros, beijos, lágrimas e juras de amor. Gosta de, simplesmente, ficar do meu lado. Ao olhá-lo, tenho uma sensação de conforto. Às vezes se levanta, bota a cabeça nas minhas pernas e eu coço suas orelhas. Sua boca se estica. Tenho a impressão de que é um sorriso.

É a terceira vez que o envio ao veterinário em duas semanas. Agora, nem conseguia ficar em pé, de tão frágil. Sinto angústia só de pensar em sua imensa solidão, longe do tapete onde costuma dormir, sendo picado, mal comendo e, principalmente, sem alguém que lhe acaricie o pêlo. A doença deve ser um mistério para ele mesmo.

O amor de um cão é incondicional. Vejo mendigos na rua acompanhados de cachorros esquálidos que não os abandonam e até os protegem nas noites escuras. Vejo crianças a quem o cão ajuda a conhecer o afeto. Eu sei que meu cachorro está partindo. Se não for agora será daqui a semanas ou meses, pois uma coisa vira outra, e outra. Ou ele não conseguirá resistir ou chegará a um ponto em que terei de dar um nó no coração e abreviar seu sofrimento. Eu tenho de resistir e fazer o melhor. Coçar sua barriga e falar palavras docemente. E, se puder, quando chegar a hora, colocá-lo em meu colo e dizer quanto o amo.

Quando me sentei diante do computador, queria escrever linhas engraçadas, repletas de bom humor. Foi impossível. Meu sentimento falou mais alto. Quem já amou um cão entende minha dor.


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Não consigo ler sem me emocionar. Estou chorando que nem uma idiota. Mas é como ele disse: "Quem já amou um cão entende a minha dor". Ou, no caso, emoção.

Vocês ainda vão ler muito sobre cachorros. Eis a minha grande paixão.

domingo, 4 de novembro de 2007

meu caminho...

já não sou a mesma de novo :)
esses dias recebi um presente... aliás, primeiro tomei uma decisão, depois uma atitude, e aí sim, um lindo presente, uma aprovação divina ou algo do tipo... espero que nada possa se ofender com um mero "algo do tipo"...
a decisão e a atitude não vêm ao caso, se você me conhece vai ficar sabendo logo logo... o presente foi sublime, como a própria natureza é... flores amarelas... amarillas...
e conforme os dias vão passando (já se foram 6) e vou sendo testada novamente, recebo outros lindos presentes... sorriso, diálogo, orvalho, elogios, doce de leite com amendoim, neblina, olhares, pôr-do-sol... incessantemente... tudo que vai, volta certo?
devo admitir que pode não ser sempre assim, ao se tomar qualquer decisão geralmente ficamos na dúvida de saber se foi uma boa... se realmente valeu a pena ou se a pena foi maior que a recompensa... e se há realmente uma recompensa... na real sou rainha da dúvida... dos "e se"... dos "ou não"... mas, às vezes, pra alcansar alguma resposta, aliás, na maior parte das vezes quando se acredita que possa haver realmente uma resposta, você só precisa calibrar direitinho sua percepção... o suficiente pra se convencer, ou pra se perder de vez... não dá pra dizer o que é melhor, nada que vá além do óbvio: a dúvida muitas vezes nos ensina mais que a certeza... é uma questão simples de percebição...

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minha dor é de dorcicolo
nem toda rodadória é uma roda
o ovelete é feito de ovo
o que chuve é chuva
às vezes fico fominta
a cobrança do lado é a ladeiral
o urso inverna, principalmente, no inverno
n'agua vivem animais aguáticos

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oi...
como é que vc tá?
ando pensando mto em vc... mais do q d costume e isso me assusta... outras pessoas na minha cabeça me assustam... você pode se perder poraí... ou quem sabe o que pode encontrar...
to estranhando...
começo e fim nunca foram realmente importantes pra gente... tantos começos e fins... tantas viradas, recomeços, desentendimentos e captações à longa distância...
agora acho que queria estar "aí" pra você, mas estou sempre muito "aí" pra mim, então sobra pouco tempo e o tempo anda tão raro, ainda que sendo nosso único recurso...
muito de mim me ocupa... prioridades variam... como naquele sábado que me fechei pra alguns... se ao menos soubesse que era você a me procurar... a prioridade mudaria...
sei que não adianta remoer... mas se ao menos soubesse que era você... será que é você?
as vezes axo que por você poderia me deixar... ao menos um pouco... ao menos pra não perder as esperanças...

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músicas melanchóólicas dão uma ressaca moral de cuuuu...

deve haver um paraíso nalgum lugar
que poderia me salvar desse inferno...
há alguém aí que possa me sentir?
pois nao consigo sentir a mim mesmo...

keep losing my way...
keep losing my way...
keep losing my way... can u help me find my way?

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basta pouco pra eu sentir a felicidade :)
 
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