nessa outra vida não me admiram.
não sou nenhum espetáculo, não sou diva, não sou exemplo...
gosto de me misturar... misturo conceitos, sabores e tons de pele...
sei exatamente quem eu sou, o que me difere de muitas outras pessoas...
experimento todo tipo de decisão... tenho amor ao experimento, à inovação, à coragem de dizer sim e também a de dizer não, pois no fundo é a liberdade se manifestando num estado tão puro, que é difícil realmente classificá-la como tal...
comprei uma casa e pintei de verde... o jardim da frente é pequeno e cheiroso, sobra espaço pra minha moto, minha cama-elástica e minha rede...
trabalho em casa e as festas são constantes, porque eu conheço quem me cerca... conheço quem me agrada, conheço muito bem o que me agrada e "quantidade" não está neste grupo...
quase nada me falta, estou quase sempre satisfeita, sou quase uma mulher completa, quase sempre uma amante insaciável, quase absolutamente perfeita...
tenho um trabalho paralelo, ou ao menos assim o considero... vou a funerais e choro o choro das viúvas... choro o choro das filhas... e, acima de tudo, choro o choro das mães...
não sei exatamente porquê, mas o sofrimento compartilhado parece se tornar mais... humano... de certa forma mais suportável, menos suicída... não pode ser saudável sofrer só... viver sim, mas não sofrer... nunca...
tenho fé e mantenho a mente aberta... conciliar as duas coisas foi o que tomou boa parte dos meus pensamentos por longos anos...
como manter um pé na areia e sentir o balanço da brisa, sem que o mar me derrube?
hoje sou eu e amanhã também.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
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2 comentários:
Queria poder me libertar de dos textos racionais e lógico que escrevo e me libertar, assim como você faz nos seus escritos.
Me completa =)
vo nem comentar o qto eu babo na sua escrita anita... :p~~~~~~
X*
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