quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cinema, séries... "A Sete Palmos"!

Para começo de conversa:
nossa, estou com vergonha do tempo sem atualizar esse blog. Divulgo o endereço dele no orkut, no twitter, até no meu e-mail, para alguém entrar aqui e se deparar com atualizações de 1 mês atrás? Ai, que feio, Ana.

Enfim. Ando assistindo muitas séries. Não chego a ser uma viciada, daquelas que assiste várias simultaneamente, ainda sou muito inexperiente no "ramo". Mas sempre que assisto algum episódio lembro das minhas aulas de Cinema (não lembro o nome exato da matéria) com o Cypriano, um cara bem bacana que dá, além das aulas relacionadas à história do cinema, uma optativa de Artes Plásticas lá na PUC.

As aulas eram basicamente seminários. Eu fiz sobre Gláuber Rocha e Stanley Kubrick, e devo dizer que os aprendizados adquiridos nessas aulas são alguns dos mais sólidos em 4 anos de faculdade. Mas já começo a divagar.
Voltando: o Fábio Cypriano (procurem no Google, ele é bem conhecidinho) é daqueles que criticam impiedosamente o cinema nacional e aquele tipo de cinema feito com linguagem publicitária. É só lembrar que Fernando Meirelles, dentre outros cineastas de nome, são publicitários. O Cypriano defende que o cinema hollywoodiano (e o brasileiro, também) estão impregnados de linguagem publicitária. E sabe para onde foram os diretores de cinema que não cedem à pressão mercadológica?

SÉRIES!

Olha, eu adoro cinema nacional, até gosto da linguagem publicitária (numa dessas aulas o Cypriano mostrou aquela cena de "Babel" em que a japonesa surda-muda vai a uma discoteca. A luz do lugar pisca com flashs, assim como o som, mostrando simultaneamente a visão da surda-muda e das pessoas "normais". Em seguida, o Cypriano mostrou uma cena de uma comercial qualquer. Surpreenderia se eu dissesse que a cena do filme é praticamente idêntica a metade das peças publicitárias de celulares?). Ok, jornalistas, me odeiem. Não ligo.

Enquanto isso, as séries são um refúgio para diretores "não-corrompidos". Eles se expressam como querem, não tem merchandising (pelo menos escancarado)... Há tantos canais pagos... O público é mais amplo, mais cabeça aberta.
Daí eu fui assistir "Six Feet Under", que passou na HBO (dizem que é lá que são produzidas as melhores séries) entre 2001 e 2005.

É difícil pensar em qualquer ponto negativo da série, "A Sete Palmos", em português. Eu a conhecia mas tinha certa ojeriza por tratar de assuntos mórbidos. Mas como eu estava enganada! Então, lá pela 3ª temporada, descobri que o Alan Ball, o escritor, é o roteirista do filme "Beleza Americana", que é um dos meus prediletos.
Por mais que no filme questões complexas - como homossexualidade, machismo, infidelidade, drogas - sejam tratadas, a profundidade não chega perto do que é feito na série. Lógico, o filme tem 2h. A série tem 5 temporadas de 12 episódios, cada um com 50 minutos.

"A Sete Palmos" é sobre o cotidiano de uma casa funerária e a família que é dona dela. Nem vou tentar resumir, porque corre-se riscos...
Antes eu achava que eu tinha cabeça aberta. A série provou o quanto sou cabeça aberta. Metade das pessoas que eu conheço não conseguiria assistir aquilo. Ficariam vidrados - negativamente, é claro - na putaria explícita, mas, gente, tem tanto sentimento em tudo... São causas JUSTAS, por assim dizer. Por mais tabu que sejam. Cada personagem te envolve...
O que dizer do casal gay? Absurdamente apaixonante. Cenas tórridas de romance homossexual, gente fumando maconha episódio sim e outro episódio também, conflitos, solidão, infidelidade... E tudo relacionado à casa funerária.
Pode parecer que é apenas uma série "porra-louca", mas é tudo tão profundo, tão PARTE dos personagens! Não dá para fazer julgamentos precipitados. E eu sei que você, que não assistiu a série, está fazendo. Então baixe a série clicando aqui e tire suas próprias conclusões.

E ontem finalmente vi o último episódio. Na verdade, assisti aos 5 últimos episódios de uma vez. Faltando 3 para terminar, eu já chorava incontrolavelmente. No último... Bom, o Alan Ball SABE tocar fundo. Assim como eu sai do cinema, após "Beleza Americana", soluçando (como 80% do público presente), com o fim de "Six Feet Under" continuei chorando por mais de meia hora. Meu deus. MELHOR FINAL DO MUNDO. Arrepio de lembrar.

Falando de outras séries... Já assisti "Dexter", sobre o serial killer justiceiro, com o mesmo Michael C Hall que faz "A Sete Palmos". Achava que não fosse gostar... pfff. Excelente. Acho que assisti a 2ª temporada em apenas um dia, tão viciante que era.
Também vi "Prison Break", outro que eu tinha um certo preconceito, por ser tão... masculino. Pra que? Vício de não conseguir assistir sem apertar alguma coisa bem forte, tamanha adrenalina. Tenho assistido Lost, que não me pega taaaanto, mas é bacana. Vi Heroes e felizmente desisti. Assisto esporadicamente "Friends" e "Sex and City" na TV, mas aí é sitcom, é diferente.
E tô indo ali puxar "True Blood", a nova série do Alan Ball. Porque me conquistou o cara.

Ops, ficou enorme. Malz aê.

2 comentários:

Umah disse...

amooooo
eu assistia sfu logo d pois q mudei pra cá, fiquei sem sony, warner e afins e só tinha hbo pra matar o tempo... e realmente os seriados da hbo são mtoooo cooltastics, mas os horários deles são mto complicados... matavam minhas noites de quintas e domingos, aí não eh justo po... cabou q nunca consegui ver uma temporada completa d sfu... mas agora seu texto deu água na bocaaaaa!

Umah disse...

ah sim, desculpa o abandono, já já dou uma postada XP

 
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